Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Livros de Cabeceira e outras histórias

Todas as formas de cultura são fontes de felicidade!

Livros de Cabeceira e outras histórias

Todas as formas de cultura são fontes de felicidade!

"O jogo do Anjo", Carlos Ruiz Zafon

Charneca em flor, 23.12.16

Quase que não conseguia acabar de ler este livro antes de entrar de férias. A urgência em acabar de ler é devida ao facto de o livro ser da biblioteca e estava mesmo a chegar a altura de o devolver. Fiquei com muita vontade de voltar a ler "A sombra do vento" e também com ainda mais vontade de conhecer Barcelona. Não é fácil falar das histórias criadas por Carlos Ruiz Záfon. São tão fantásticas que nem se conseguem descrever sem estragar o efeito surpresa. Para mim, para além das personagens  criadas por ele, os livros são verdadeiros protogonistas. Neste "O jogo do anjo" a história roda à volta dos estranhos problemas de um escritor,  David Martin, da sua relação com os livros, com outras pessoas que amam os livros, com a estranha casa que escolhe para viver. Uma história que vale a pena ser lida.

O cemitério dos livros esquecidos volta a ser visitado:

"Este lugar é um mistério. Um santuário. Todos os livros, todos os volumes que vês à tua frente, têm alma. A alma de quem os escreveu, a alma daqueles que os leram e viveram e sonharam com eles. De cada vez que um livro muda de mãos, de cada vez que alguém desliza o olhar pelas suas páginas, o seu espírito cresce e torna-se mais forte. Neste lugar, os livros de quem já ninguém se lembra, os livros que ficaram perdidos no tempo, vivem para sempre, à espera de chegar às mãos de um novo leitor, de um novo espírito"

Em quantos livros já deixei a minha alma?! 

Espólio de Saramago na Biblioteca Nacional

Charneca em flor, 11.12.16

saramago_nobel-1.jpg

 

Ontem passaram 18 anos sobre a cerimónia em que José Saramago recebeu o Prémio Nobel. É o único Prémio Nobel da Literatura português. Um dos actos que assinalou esta efemeride foi a doação, pelas legatárias Violante Saramago Matos e Pilar del Rio, do espólio do falecido escritor à Biblioteca Nacional. A partir de agora tudo aquilo que Saramago deixou é do domínio público, todas as anotações, todos os textos inéditos incluindo o diploma do Prémio Nobel. Já em vida, José Saramago tinha expressado esta vontade como se pode perceber por este fax: a “entrega do que nunca tive dúvidas devia ter como destino a Biblioteca Nacional. […] Um dia destes, com vagar, vou dar uma volta aos meus desordenados arquivos. Há cartas, papéis, manuscritos que não tenho o direito de conservar como coisa minha, pois pertencem a todos” (Saramago, em fax à Diretora da BN, 22 de março de 1994). 

Assim, este património passa mesmo a ser de todos.

saramago_nobel.jpg

 

Carlos Ruiz Zafón e os livros esquecidos

Charneca em flor, 03.12.16

Eu sou um bocado do contra no que diz respeito à "última moda" da literatura. Gosto de ler os livros quando já ninguém se lembra deles (os verdadeiros livros esquecidos). Agora toda a gente fala deste

"O labirinto dos espíritos" é a aguardada conclusão da série de quatro livros, O cemitério dos livros esquecidos, de Carlos Ruiz Zafón. Eu li o primeiro, "A sombra do vento", e adorei. Uma história apaixonante para quem gosta de livros. Agora que todos os fãs procuram este último, eu fui à biblioteca e encontrei este

20161203_092009.jpg

Embora os livros se possam ler em separado porque não têm uma ligação directa, eu prefiro ler pela ordem em que foram publicados. No entanto,embora "O jogo do Anjo" tenha sido o segundo a sair, a história situa-se num tempo anterior ao d' "A sombra do vento". A companhia ideal para este fim-de-semana de chuva.