"O jogo do Anjo", Carlos Ruiz Zafon
Quase que não conseguia acabar de ler este livro antes de entrar de férias. A urgência em acabar de ler é devida ao facto de o livro ser da biblioteca e estava mesmo a chegar a altura de o devolver. Fiquei com muita vontade de voltar a ler "A sombra do vento" e também com ainda mais vontade de conhecer Barcelona. Não é fácil falar das histórias criadas por Carlos Ruiz Záfon. São tão fantásticas que nem se conseguem descrever sem estragar o efeito surpresa. Para mim, para além das personagens criadas por ele, os livros são verdadeiros protogonistas. Neste "O jogo do anjo" a história roda à volta dos estranhos problemas de um escritor, David Martin, da sua relação com os livros, com outras pessoas que amam os livros, com a estranha casa que escolhe para viver. Uma história que vale a pena ser lida.
O cemitério dos livros esquecidos volta a ser visitado:
"Este lugar é um mistério. Um santuário. Todos os livros, todos os volumes que vês à tua frente, têm alma. A alma de quem os escreveu, a alma daqueles que os leram e viveram e sonharam com eles. De cada vez que um livro muda de mãos, de cada vez que alguém desliza o olhar pelas suas páginas, o seu espírito cresce e torna-se mais forte. Neste lugar, os livros de quem já ninguém se lembra, os livros que ficaram perdidos no tempo, vivem para sempre, à espera de chegar às mãos de um novo leitor, de um novo espírito"
Em quantos livros já deixei a minha alma?!