Uma citação por semana #48
"Ai, meu amor
O que eu já chorei por ti
Mas sempre
P'ra sempre
Vou gostar de ti"
Música Para Sempre, Xutos e Pontapés. A minha homenagem a Zé Pedro no dia em que se completa 1 ano sobre a sua morte.
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
"Ai, meu amor
O que eu já chorei por ti
Mas sempre
P'ra sempre
Vou gostar de ti"
Música Para Sempre, Xutos e Pontapés. A minha homenagem a Zé Pedro no dia em que se completa 1 ano sobre a sua morte.
"Todos nós hoje nos desabituamos, ou antes, nos desembaraçamos alegremente, do penoso trabalho de verificar. É com impressões fluidas que formamos as nossas maciças conclusões. Para julgar em política o facto mais complexo, largamente nos contentamos com um boato, mal escutado a uma esquina, numa manhã de vento."
Esta frase parece tão actual, não é? O seu autor conhece tão bem a nossa sociedade actual, a época das fake news que se espalham como um rastilho nas redes sociais (e às vezes até nos meios de comunicação tradicionais). Mas o que é interessante é que o autor desta frase já morreu há mais de 100 anos. Eça de Queiroz é um dos maiores escritores de todos os tempos, analista certeiro da sociedade portuguesa. Muito do que ele escreveu parece extremanente actual. Vem isto a propósito da comemoração dos 130 anos da publicação de "Os Maias" que será assinalada com uma exposição na Fundação Gulbenkian, Tudo o que tenho no saco, Eça e os Maias.
Se olharmos bem à nossa volta encontramos inúmeros exemplos de pessoas que podiam ser personagens de Eça de Queiroz. Até me deu vontade de voltar a ler "Os Maias".
Esta semana vamos adiar a citação para outro dia porque vos quero falar de uma efeméride.
Las meniñas, Velasquez
Uma das obras do Museu do Prado
Um dos mais belos museus do mundo faz 200 anos no próximo ano mas começou já a comemorar a data. Trata-se do Museu do Prado em Madrid. Curiosamente, tal como a música que partilhei no outro blogue, este museu também nasceu de um encontro ibérico. A ideia inicial de fazer, em Madrid, um grande museu partiu do rei D. Carlos III tendo sido este rei que iniciou as obras para fazer um grande edifício destinado às Ciências e que albergasse um Gabinete de História Natural. No entanto, a obra projectada era tão ambiciosa que levou muitos anos a concluir passando por vários reinados tendo servido, inclusivé, como quartel militar durante a Guerra da Independência entre Espanha e França. Quando chegou ao trono o rei D. Fernando VII, casado com a infanta portuguesa Maria Isabel de Bragança, o edifício estava perto da ruína. A grande impulsionadora para a criação do Museu do Prado, dedicado às artes, foi precisamente a infanta portuguesa. A ela se deve o êxito do museu. Infelizmente, ela já não viu a sua grande obra concluída porque faleceu antes da inauguração em 1819.
Embora o bicentenário seja só no próximo ano, hoje foi inaugurada uma exposição especial chamada Um lugar de Memória na qual se pretende mostrar o grande legado do Museu bem como a sua história. As comemorações também vão incluir exposições noutras cidades de Espanha com a intenção de que as obras de arte possam chegar a toda a gente.
Já tive o prazer de estar no Museu do Prado e é, realmente, um lugar especial. Vale a pena voltar mais vezes. E nessa altura ainda não sabia que a sua criação se devia a uma portuguesa. Assim é, ainda, mais especial.
"A paz começa com um sorriso" Madre Teresa de Calcutá
Ontem completaram-se 100 anos sobre o Armistício que pôs fim à Primeira Grande Guerra, um dos conflitos mais sangrentos de sempre. Depois das comemorações em Paris, realizou-se um Fórum pela Paz onde estiveram os principais líderes mundiais. Donald Trump, Presidente dos EUA, não esteve presente. Estranho, não?
O poema não é o canto
que do grilo para a rosa cresce.
O poema é o grilo
é a rosa
e é aquilo que cresce.
Natália Correia
Esta semana escolhi Natália Correia porque estou a seguir a excelente série 3 Mulheres em que a poetisa é uma das retratadas.