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Livros de Cabeceira e outras histórias

Todas as formas de cultura são fontes de felicidade!

Livros de Cabeceira e outras histórias

Todas as formas de cultura são fontes de felicidade!

Livros que não são bons para ter na cabeceira

Charneca em flor, 29.08.19

Ora espreitem ali ao lado os livros que ando a ler.

Já viram?

Repararam no ebook? Pois. Ora como fui à Transilvânia, achei que o Drácula de Bram Stoker era a leitura ideal. Encontrei esta versão no Google Play Livros. Infelizmente, a tradução é em português do Brasil mas enfim é o que se pode arranjar.

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Acontece que deixei o livro do Joel Neto no saco da praia que ficou no carro. Então ontem à noite fiz 2 coisas que nunca se devem fazer se queremos ter uma boa higiene do sono. Primeiro que tudo, deve-se evitar a luz dos ecrãs se queremos adormecer com facilidade. E segundo, se calhar ler uma história de terror, se formos muito susceptíveis, à hora de deitar é capaz de dar origem a uma noite agitada. E foi o que aconteceu. Devo ter tido muitos pesadelos porque acordei a gritar várias vezes. Ou melhor, o A. é que acordou e depois despertou-me do pesadelo.

Por isso, ou desisto do Drácula ou vou só ler à luz do dia. Aí pelas 2h da tarde.

Parabéns, Zeca Afonso (2/8/1929-23/02/1987)

Charneca em flor, 02.08.19

 

Se fosse vivo, faria hoje 90 anos. Zeca Afonso foi o autor de algumas das mais belas canções da música portuguesa. É mais conhecido pelo seu activismo, por ser um cantor de intervenção e porque a sua "Grândola, Vila Morena" entrou para a História por ter sido uma das senhas do Movimento das Forças Armadas que levou a cabo a Revolução dos Cravos. Mas nem só de canções de intervenção vive a sua obra que perdura até hoje. É quase impossível ter crescido no pós-25 de Abril e não ter crescido com a sua música. Faz parte do imaginário daqueles que têm, hoje 40/50 anos.

Muitas das suas canções têm letras escritas por ele. Na minha opinião, para além da sua sonoridade típica, os seus poemas são excepcionais. Como este  por exemplo

Dorme meu menino a estrela dàlva
Já a procurei e não a vi
Se ela não vier de madrugada
Outra que eu souber será pra ti

Outra que eu souber na noite escura
Sobre o teu sorriso de encantar
Ouvirás cantando nas alturas
Trovas e cantigas de embalar

Trovas e cantigas muito belas
Afina a garganta meu cantor
Quando a luz se apaga nas janelas
Perde a estrela d'alva o seu fulgor

Perde a estrela d'alva pequenina
Se outra não vier para a render
Dorme quinda à noite é muito menina
Deixa-a vir também adormecer