Desafio de escrita dos Pássaros tema #11
O peixinho falante
O meu animal de estimação preferido foi um canário amarelo e branco que cantava maravilhosamente bem. Quando morreu, chorei muito. Num dos aniversários do A. ofereci-lhe um aquário. Infelizmente, os peixes são animais muito frágeis por isso tivemos vários. Quando o último se foi, encontrei este relato gravado nas pedras do aquário :
A minha vida é um bocadinho monótona. Aqui estou nesta casa redonda sem ter para onde ir. A única coisa que faço é nadar, nadar e voltar a nadar. De vez em quando também me alimento. Como não consigo comer sozinho, tenho que esperar que a minha família me dê comida. É que a minha espécie tem a fama de ter uma memória curta mas, deixem que vos diga, os humanos não são muito melhores. Ou fui eu que tivesse pouca sorte com a família que me calhou. Aliás, há uma coisa que me preocupa, tenho a impressão de que eles não são grandes especialistas no que diz respeito a cuidar de seres vivos.
Porque é que digo isto, pergunta o distinto leitor?
Primeiro que tudo, porque as plantas que eu vejo daqui não estão com bom ar. E também porque sinto que não sou o primeiro ocupante desta casa aquática. Há umas quantas almas penadas a nadar por aqui.
A verdade é que eles não param muito em casa. A minha família é composta, apenas, por um casal. Eles não se põe de acordo sobre a quantidade de vezes que me devem dar comida. O meu dono quer que eu coma todos os dias e a minha dona diz que comida a mais faz mal e, então, acha que eu posso comer só dia sim, dia não. Será que ela também só come 3 vezes por semana.
Quando se ausentam por mais tempo, vem uma senhora mais velha tomar conta de mim. É uma senhora muito simpática que acha relaxante ficar a olhar para mim enquanto estou a nadar à volta dos meus domínios.
Quando quero estar sossegado, escondo-me atrás destas plantas decorativas. O meu dono tem a mania de dar pancadinhas na minha parede para eu me mexer. Faço-lhe a vontade para que me deixe dormir.
A minha dona passa muito tempo na internet. Adorava que ela me dedicasse tanta atenção. Era bom que pudéssemos conversar embora eu não perceba muito bem quando falam. Deve ser por causa da água .
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