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Livros de Cabeceira e outras histórias

Todas as formas de cultura são fontes de felicidade!

Livros de Cabeceira e outras histórias

Todas as formas de cultura são fontes de felicidade!

Lotaria Literária #105

Charneca em flor, 14.04.20

"A ternura que perdeu tão cruelmente, minha senhora, era muito grande muito nobre e partia de uma alma superior para que a angústia de Vossa Magestade se pissa consolar"

Amélia de Orleães

A rainha mal- amada

Margarida Durães

Círculo de Leitores

Colecção Rainhas de Portugal

A Rainha D. Amélia foi a última rainha de Portugal. Esposa do Rei D. Carlos, cujo assassinato muito contribuíu para a implantação da República, e mãe do último rei de Portugal, D. Manuel II, nasceu e morreu no exílio. D. Amélia nasceu em Inglaterra mas pertencia à Casa Real de França e acabaria por morrer no exílio para onde teve que ir após a implantação da República. Por ironia do destino, acabaria por falecer no país dos seus antepassados, França.

A passagem que transcrevo pertence a uma carta que ela recebeu após o falecimento de uma pessoa de quem gostava muito.

Lotaria Literária #103

Charneca em flor, 12.04.20

"Em toda a tradição bíblica, o repouso é uma oportunidade privilegiada para mergulhar mais fundo, mais dentro, mais alto. É aceitar o risco de sentir a vida integralmente e de maravilhar-se com ela: na escassez e na plenitude, na imprevisibilidade dolorosa e na sabedoria confiante."

Uma beleza que nos pertence

José Tolentino de Mendonça 

Quetzal

ISBN 978-989-722-631-1

E está tudo dito.

Lotaria Literária #102

Charneca em flor, 11.04.20

"Os Deuses da tormenta e os gigantes da terra

Suspendem de repente o ódio da sua guerra 

E pasmam. Pelo vale onde se ascende aos céus 

Surge um silêncio, e vai, da névoa ondeando os véus,

Primeiro um movimento e depois um assombro.

Ladeiam-o, ao durar, os medos, ombro a ombro,

E ao longe o rastro ruge em nuvens e clarões."

Mensagem

Fernando Pessoa

Assírio & Alvim

ISBN 978-972-37-0436-5

Lotaria Literária #101

Charneca em flor, 10.04.20

"Na paz, o casal parece estar junto e funcionar como duas faces da mesma moeda."

Rainha Santa, mãe exemplar Isabel de Aragão

Maria Filomena Andrade

Colecção Rainhas de Portugal

Círculo de Leitores

ISBN 978-972-42-4704-5

Esta frase diz respeito ao Casal Real, D. Dinis e D. Isabel de Aragão, Reis de Portugal. Este casal reinou no nosso país entre os finais do séc XIII e o início do séc XIV. No entanto, esta frase parece-me francamente actual. Também concordam comigo?

Esta colecção tem tantos livros e esta já é a 2a vez que pego neste para a Lotaria Literária. Que estranho.

Desafio da escrita dos Pássaros tema 2.10

Não tenho tempo, nem paciência, para te aturar

Charneca em flor, 10.04.20

Ó SARS-CoV-2, vamos ter aqui uma conversa de pé de orelha. Quer dizer não é bem pé de orelha porque temos que respeitar com distanciamento social. Na verdade, eu vim apetrechada com máscara, touca, luvas, protecções nos sapatos e fato de protecção descartável que tu não és de fiar.
O que eu queria falar contigo era pedir, ou melhor, exigir que desapareças. Já ninguém te pode aturar.
Já viste que estás a atrapalhar a vida das pessoas?
Umas ficam doentes, muito doentes por dias a fio até não aguentarem mais e partirem. Aquelas que cuidam dos doentes ficam exaustas e às vezes acabam também por adoecer. Os sistemas de saúde de vários países estão no limite, ou já implodiram, com os problemas que essa realidade acarreta também para quem sofre de outras doenças.
Aqueles que tiveram a sorte de não serem contagiados por ti, morrem, também, um bocadinho todos os dias. Porque têm os seus negócios parados e não sabem como se vão aguentar. Porque as empresas onde trabalham entraram em lay-off e aquilo que recebem não é suficiente para fazerem frente aos compromissos que têm. Muitos não vêem nenhuma luz ao fundo do túnel.
Outros sofrem porque não podem abraçar pais, filhos, netos e avós. Ou porque estão sozinhos em casa ou porque estão em família mas já não se podem aturar uns outros. Têm ainda menos paciência para a família do que a que têm para te aturar a ti, SARS-CoV-2.
Mas vou-me deixar de divagações filosóficas. O que me chateia mesmo é que tu estás a parar a minha vida. Nem estou assim muito preocupada com os outros. O que me interessa é que eu não tenho tempo para te aturar. Exijo que desapareças de uma vez por todas porque eu tenho sítios para ir e agora não posso. Quero passear na praia, quero ir almoçar num restaurante com vista para o mar, quero planear a comemoração do meu aniversário com a certeza de que vou conseguir concretizar os meus planos. Já me estragaste as férias das Páscoa. Vê lá se ficas por aqui. Ainda tenho muitas paragens para conhecer, sítios para ir, aventuras para viver e é por isso que eu não tenho mesmo tempo para aturar o teu mau feitio. Desaparece de uma vez e vai para a caverna de onde nunca devias ter saído. Tenho dito.

 

Texto criativo escrito no âmbito do Desafio de escrita dos Pássaros. Podem seguir o desafio aqui.

 

Lotaria Literária #99

Charneca em flor, 08.04.20

"Então a vista alargou-se sobre a outra vertente do Grenon, o seu lado exposto ao sol: sob os meus pés, depois de uma faixa rochosa, um longo prado descia docemente até um grupo de cabanas e um pasto onde se espalhavam vacas."

As oito montanhas

Paolo Cognetti

Dom Quixote

ISBN 978-972-20-6222-0

Itália é um dos meus países preferidos. Já muito feliz por lá. Têm-se vivido dias difíceis nesse belo país que esperemos que não se repitam por cá.

Li este livro há poucos meses. Já o tinha comprado há algum tempo mas há sempre aquele dia certo para pegar num livro, não é?