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Livros de Cabeceira e outras histórias

Todas as formas de cultura são fontes de felicidade!

Livros de Cabeceira e outras histórias

Todas as formas de cultura são fontes de felicidade!

Lotaria Literária #149

Charneca em flor, 28.05.20

"São tão deliciosas que Poppy não conseguira resistir a comer várias. Depois, veio para a mesa um tacho de cerâmica fumegante, cheio de uma sopa de esparguete partido aos bocados com legumes de folha larga."

O Livro dos Sabores Perdidos

Nicky Pellegrino

ASA

ISBN 978-989-23-2745-7

Aqui está outro livro que ainda não li. Comprei-o num impulso porque a capa é muito chamativa. Para além disso, reúne 2 características que eu adoro. Primeiro passa-se na Itália, mais precisamente na Sicília, e depois porque a história gira à volta da comida. Presumo que seja um livro muito saboroso.

Lotaria Literária #147

Charneca em flor, 26.05.20

"Eu queria mesmo saber se isto que me baralhava a cabeça era afinal de contas o amor, que julgava exclusivo por raparigas como a Alisa, de quem urgia possuir o corpo, nunca por amigos como o Samuel, e ainda menos por sujeitos como a Gi."

Pão de Açúcar

Afonso Reis Cabral

Dom Quixote

ISBN 978-972-20-6599-3

Ainda não li este livro. O seu autor tem 30 anos e já ganhou 2 prémios literários. Com este livro foi distinguindo com o Prémio Literário José Saramago. Em 2014, foi o Prémio Leya com o livro "O meu irmão"

Lotaria Literária #146

Charneca em flor, 25.05.20

"As imagens intensas sucediam-se a um ritmo acelerado. Sentia-se como se estivesse a voar, sem esforço, com lentidão de um sonho."

As longas noites de Caxias

Ana Cristina Silva

Planeta

ISBN 978-989-777-219-1

 

Uma foi torturada. A outra tinha prazer em torturar. Duas mulheres que ficaram na história da PIDE.

A frase anterior, que está na capa do livro, resume este livro. Comprei-o há algum tempo, a seguir a ter lido outro livro desta autora. Fui "induzida" a adquiri-lo por um excelente vendedor de uma livraria local da cidade onde trabalho. Ainda não o li. Está em lista de espera.

Maria Velho da Costa 1938-2020

Charneca em flor, 24.05.20

Sempre que morre um escritor, a cultura fica mais pobre. Faleceu, ontem, Maria Velho da Costa, prémio Camões em 2002 entre outros inúmeros prémios com que foi agraciada ao longo dos seus 82 anos de vida.

O seu nome ficará para sempre associado ao livro "Novas Cartas Portuguesas" em co-autoria com Maria Velho da Costa e Maria Isabel Barreno. Tenho ideia de ter trazido esse livro da biblioteca na adolescência mas não devia ter, ainda, maturidade para o ler porque lembro-me do título mas não me lembro do conteúdo. Se calhar tenho que voltar a tentar.

Aquela obra das Três Marias foi uma imensa pedrada no charco do Estado Novo porque se tratava de "uma obra literária que denunciava a repressão e a censura do regime do Estado Novo, que exaltava a condição feminina e a liberdade de valores para as mulheres". As autoras foram perseguidas pela PIDE/DGS e foram sujeitas a um processo judicial que ficou suspenso pelo 25 de Abril.

A sua voz, considerada renovadora nos anos 60 do século passado, nunca deixou de ser um bocadinho incómoda. Quando recebeu o Prémio Carreira da Associação Portuguesa de Autores afirmou "Os regimes totalitários sabem que a palavra e o seu cume de fulgor, a literatura e a poesia, são um perigo. Por isso queimam, ignoram e analfabetizam, o que vem dar à mesma atrofia do espírito, mais pobreza na pobreza".

As vozes incómodas têm feito sempre falta ao longo do tempo. Esta calou-se para sempre mas podemos sempre ouvi-la através daquilo que escreveu.

 

P.S. - post baseado nesta notícia.

 

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