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Livros de Cabeceira e outras histórias

Todas as formas de cultura são fontes de felicidade!

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O Labirinto dos Espíritos, Carlos Ruiz Zafón

Charneca em flor, 22.07.21

IMG_20210630_184520.jpgPara o mês de Julho, no desafio Uma Dúzia de Livros, era proposta a leitura de um livro passado na nossa cidade favorita. A escolha não foi fácil uma vez que já passei por inúmeras cidades de que gostei muito. Optei pelo último livro da série "O Cemitério dos Livros Esquecidos" porque se passa numa das cidades mais interessantes que já visitei. "O Labirinto dos Espíritos" tem mais de 800 páginas mas lê-se com muita facilidade. De tal forma que, nas últimas páginas, fui tentando protelar o final porque não queria deixar as personagens que fazem parte da saga "O Cemitério dos Livros Esquecidos" como Daniel Sempere, Fermín, Bea, Juliáou mesmo as personagens novas como Alicia e o jovem Julian Sempere.

As histórias contadas por Carlos Ruiz Zafón são tão envolventes e cativantes que até o próprio leitor se sente uma das suas personagens. Neste livro, que fecha a saga, Zafón supera-se e fecha a história da família Sempere, e dos seus amigos, de forma magistral.
Para além da brilhante narrativa elaborada, o autor leva-nos pelas ruas de Barcelona de forma tão real que parece que nós também caminhamos por aquelas ruas acompanhando as maravilhosas personagens. Neste "Labirinto" descobrimos também o contexto histórico no qual se desenrola a acção, a Guerra Civil Espanhola e o pós-guerra. Conseguiu aguçar-me a curiosidade sobre esse período da História ibérica e europeia.
Não posso deixar de dizer que "O Labirinto dos Espíritos", bem como os restantes livros da saga, representa um verdadeiro hino de amor aos livros. Uma leitura, quase obrigatória, para todos aqueles que não prescindem dos livros na sua vida.

"Se os olhos não a enganavam, tinha caído no alto de uma enorme espiral, uma torre articulada em redor de um infinito labirinto de corredores, passadiços, arcos e galerias que parecia uma imensa catedral. Mas ao contrário das catedrais que conhecia, aquela não era feita de pedra.

Era feita de livros.

Os sopros de luz que caíam da cúpula revelaram aos seus olhos grupos de escadarias e pontes flanqueados por milhares e milhares de livros que entravam e saiam daquela estrutura."

 

"