"A Promessa", Lesley Pearse
Das várias escritoras anglo-saxonicas que são publicadas em Portugal, a minha preferida é Lesley Pearse. Já li imensos livros dela e nem sempre tenho oportunidade de falar deles aqui.
"A Promessa" é o segundo livro de uma saga de 3 livros mas que podem ser lidos separadamente. Quando há relação entre as histórias dos livros, eu gosto de lê-los por ordem cronológica. Manias.
O primeiro livro tem o título de "Sonhos Proibidos" e a história começa em 1910 num dos bairros mais pobres de Londres. A personagem principal é Belle, uma jovem de 15 anos protegida pela ama que a criou e que cresce num bordel dirigido pela mãe sem se aperceber. Um dia assiste a um crime e esse facto vai ser determinante para a sua vida. Raptada e obrigada a prostituir-se, é levada até Nova Orleães. Lesley Pearse apresenta-nos a vida luxuosa dos bordéis de Nova Orleães. Belle é uma mulher forte, como todas as heroínas de Lesley Pearse, e tenta lutar contra o seu destino.
Este segundo livro encontra Belle feliz em Inglaterra mas adivinham-se tempos difíceis não só para ela mas para toda a Europa. A história inicia-se em Julho de 1914. Lesley Pearse transporta-nos para as trincheiras e para os hospitais onde se recebem os feridos e estropiados da guerra. O enquadramento histórico que serve de cenário às personagens é tristemente fascinante. Mais uma história rica sobre a força de uma mulher que sofre e luta por amor.
O terceiro livro tem como personagem principal, Mariette, a filha de Belle. Lesley Pearse leva-nos, de novo, a um cenário de guerra, a Segunda Guerra Mundial.
Nos tempos conturbados em que vivemos hoje é importante olhar para o passado, aprender com os erros e tentar fazer melhor. Será possível?!
Se Belle fosse como qualquer uma dessas vulgares jovens bem-educadas, não aspiraria a mais do que ser uma esposa bem-amada. Mas Belle não era vulgar, não tinha tido uma infância normalcom uma mãe que cuidasse da cas enquanto o pai trabalhava fora. Na idade mais impressionável, fora levada para longe de casa e, de ambos os lados do Atlântico, aprendera coisas que haviam apafado a sua inocência e lhe tinham ensinado a arte de sobrevivência.