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Livros de Cabeceira e outras histórias

Todas as formas de cultura são fontes de felicidade!

Livros de Cabeceira e outras histórias

Todas as formas de cultura são fontes de felicidade!

Lotaria Literária #31

Charneca em flor, 31.01.20

"Na sua própria língua, ela ensaiou uma espécie de piada, sem grande sucesso."

Corrie, conto que faz parte do livro

Amada Vida

Alice Munro

Prémio Nobel da Literatura 2013

Relógio d' Água

ISBN 978-989-641-355-2

Como não é habitual que o Prémio Nobel seja atribuído a escritores de contos, em 2013 tive alguma curiosidade em ler este livro. A minha opinião está aqui.

 

"Amada Vida", Alice Munro

Charneca em flor, 02.02.14
Não tenho por hábito, nem curiosidade, procurar os livros do vencedor do Prémio Nobel da Literatura. Tem sido atribuído a escritores que o comum dos leitores, em que eu me incluo, normalmente não conhece. No entanto, em relação ao Nobel de 2013, ouvi e li umas quantas opiniões, algumas muito contraditórias. Tanto se disse que Alice Munro era a mestra do conto como se disse que a sua escrita e as suas histórias eram provincianas e versavam, apenas, uma determinada região do Canadá. O que é certo é que fiquei curiosa, não só pelas críticas, mas também pelo facto de os seus contos se passarem no Canadá porque, em 2009, passei 1 dia no Canadá entre as Cataratas do Niagara e Toronto e fiquei com muita vontade de conhecer este belo país. Como ainda não houve essa possibilidade, ler também é uma maneira de viajar. Posto isto lá me dispus a ler este livro. Como andei ocupada com outras coisas, demorei imenso tempo a terminá-lo. Não posso dizer que não tenha gostado mas soube-me a pouco para um Nobel. Talvez eu tenha tido azar com a obra que escolhi mas é suposto o Nobel premiar toda a obra, não é verdade? Se compararmos com Gabriel Garcia Marquez e José Saramago, por exemplo, Alice Munro saí mesmo a perder. Estes 2 Nobel foram geniais e Alice Munro é boa mas...

De qualquer modo, aqui fica um excerto: "Em jovem, eu vivia no fim de uma estrada comprimida, ou uma estrada que me parecia comprida. Atrás de mim, ao voltar para casa da escola primária, e mais tarde do liceu, ficava a vila propriamente dita, com o seu movimento e os seus passeios e a sua iluminação pública depois de escurecer. Assinalando os limites da vila, havia duas pontes sobre o rio Maitland: uma estreita ponte de ferro, onde os automobilistas tinham por vezes dificuldades em decidir quem podia atravessar e quem tinha de esperar, e outra pedonal, em madera, onde ocasionalmente faltava uma tábua, o que nos  permitia ver a àgua a correr lá em baixo, rápida e cintilante. Eu gostava daquilo , mas a tábua acabava sempre por ser reposta."