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Livros de Cabeceira e outras histórias

Todas as formas de cultura são fontes de felicidade!

Livros de Cabeceira e outras histórias

Todas as formas de cultura são fontes de felicidade!

Lotaria Literária #97

Charneca em flor, 06.04.20

"Querida Kitty

Quando penso nas nossas vidas aqui, chego geralmente à conclusão de que vivemos num paraíso, em comparação com os judeus que não estão escondidos."

O Diário de Anne Frank

Versão Definitiva

Editora Livros do Brasil

Este livro voltou a saltar-me para as mãos. Anne Frank, os mineiros chilenos ou os meninos que ficaram presos na gruta têm sido usados como exemplos de pessoas que viveram situações de confinamento bastante mais dolorosas do que aquelas que as pessoas vivem hoje. Não são situações comparáveis na verdade mas temos que admitir que ficar em casa, para a maioria das pessoas, é muito mais confortável do que aquilo que viveu esta jovem. 

Lotaria Literária #76

Charneca em flor, 16.03.20

"Pois nessa altura, e só nessa altura, se consegue sentir que tudo é como devia ser e que Deus quer que as pessoas sejam felizes, entre a beleza e simplicidade da natureza."

O diário de Anne Frank

Editora Livros do Brasil

Comprei este livro no fim da visita à casa onde Anne Frank viveu, em Amsterdão, e onde este diário foi escrito. Cheguei à loja com lágrimas nos olhos e vi este livro. É uma história de vida difícil de ler porque sabemos que aconteceu mesmo. Neste momento em que também enfrentamos uma espécie de guerra, aqui fica mais uma sugestão de leitura. Já falei deste livro aqui.

O Diário de Anne Frank, Versão Definitiva

Charneca em flor, 22.02.11

 

Este é um livro especial. Primeiro que tudo porque é uma história verídica e porque foi comprado na livraria da Casa-Museu Anne Frank, em Amsterdão, depois de ter passado pelo anexo secreto onde Anne viveu dos 13 aos 15 anos. Quando cheguei à livraria estava muito emocionada já que terminei a visita com um nó na garganta e com lágrimas nos olhos. Na parte final da visita, é projectado um filme em que Otto Frank, pai de Anne Frank e o único que sobreviveu ao Holocausto, diz que só conheceu, verdadeiramente, a filha quando leu o seu diário. Percebe-se pelo seu testemunho que ele encontrou um sentido para a sua vida ao lutar para publicar o diário e para criar aquela Casa-Museu como espaço de encontro e de reflexão para todos, independentemente da raça, cor, língua ou religião, um espaço de paz e concórdia.

 Qual não foi o meu espanto encontrei esta versão escrita em português. Esta versão é chamada definitiva porque inclui algumas passagens que tinham sido omitidas nas primeiras edições por vontade de Otto Frank. Estas passagens contêm alguns comentários relativos à mãe que Otto não tinha querido divulgar. 

Muitas pessoas terão lido este livro na adolescência ou terão visto o filme. Eu não, embora já tivesse ouvido falar, por alto, na história de Anne Frank.

O Diário conta os 2 anos que a família Frank, com mais algumas pessoas, passou num pequeno anexo do antigo escritório de Otto Frank. A família refugiou-se aí para tentar escapar às perseguições anti-semitas levadas a cabo durante a 2ª Guerra Mundial. Anne descreve o espaço ao qual estavam confinados, o tipo de alimentação que eram obrigados a fazer, as privações e dificuldades a que estavam sujeitos. Para além disso percebe-se que Anne não deixou de ser uma adolescente como as outras, com os mesmos conflitos, as mesmas dúvidas, as mesmas revoltas e os mesmo anseios. É doloroso ler os planos que ela fazia para o futuro quando sabemos que ela, apesar de todos os riscos e sacrifícios que passaram, acabou por morrer num campo de concentração. Algumas entradas do Diário são de uma tal profundidade que custa a acreditar que tenham sido escritos por uma pessoa tão jovem. Obviamente que as circunstâncias a obrigaram a crescer já que passou por coisas que nunca ninguém deveria ter passado só porque o acaso a fez nascer no seio duma família judia. Um dos livros da minha vida, sem dúvida.

 

                                                                                                                                                                                                                                                   "Espero poder confiar-te tudo, como nunca pude confiar em ninguém, e espero que venhas a ser uma grande fonte de conforto e apoio", 12 de Junho de 1942

 

 

"Estamos todos vivos, mas não sabemos porquê ou para quê; todos procuramos a felicidade; todos levamos vidas que são diferentes e, contudo,  iguais. Nós os três fomos criados em boas famílias, temos oportunidade de adquirir uma educação e fazer algo pela nossa vida. Temos muitas razões para esperar uma grande felicidade, mas ... temos de a merecer. E isso é algo que não se consegue escolhendo a saída mais fácil. Merecer a felicidade significa fazer o bem e trabalhar, não especular e ser preguisoço. A preguiça pode ser convidativa, mas só o trabalho pode dar uma verdadeira satisfação", 6 de Julho de 1944