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Livros de Cabeceira e outras histórias

Todas as formas de cultura são fontes de felicidade!

Livros de Cabeceira e outras histórias

Todas as formas de cultura são fontes de felicidade!

Não é um erro ortográfico

Charneca em flor, 08.09.22

Ontem publiquei a minha opinião sobre o livro de José Saramago, " Claraboia". Qual não é o meu espanto quando, pelo número de visualizações, percebo que o post foi destacado na página principal do Sapo. Até aqui tudo bem, um destaque é sempre bom. Mas há um senão nesta história. A pessoa responsável pela página deve ter achado que eu me tinha enganado a escrever o título do livro já que lhe acrescentou um acento que não existe. Reparem nestas fotos:

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Como podem ver o título aparece escrito com um acento no "O" que é, efectivamente, a maneira correcta de escrever. 

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Agora olhem para a foto com a capa do livro. Vêem? Ou melhor, aqui não há nenhum acento. Antes de publicar o post, fui verificar no site da Fundação Saramago e também está escrito sem acento. Não sei se foi opção do autor ou se era a grafia na época em que o livro foi escrito 

Portanto, querido , agradeço muito o destaque mas para a próxima* não me alterem os títulos, está bem?

 

* Se o  não aceitar críticas, não sei se há próxima.

TAG | 10 factos literários sobre mim

Charneca em flor, 13.06.21

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Esta publicação do blogue Por Detrás das Palavras inspirou-me a também partilhar alguns factos sobre mim que sou uma eterna viciada em livros. Então aqui vai

1 - O meu pai inscreveu-me numa das mais antigas bibliotecas fixas da Gulbenkian quando eu tinha 9 anos. Foi a melhor coisa que podia ter feito. Abriu-me os horizontes da leitura.

2 - Quando comecei a trabalhar, comprar livros foi uma das primeiras despesas que comecei a fazer. Já passaram mais de 20 anos.

3 - Não faço ideia de quantos livros possuo. Nunca tive coragem de os contar.

4 - Quando era criança, passava os Verões na casa da minha avó. Um dos meus tios também gosta muito de ler. Os seus livros eram uma tentação mesmo que não fossem adequados à minha idade. No início da adolescência, descobri um livro cuidadosamente escondido atrás dos outros. Era um livro erótico que eu li sem perceber grande coisa .

5 - Já tive a minha fase "Paulo Coelho". Li os livros quase todos. Felizmente já passou .

6 - Nunca li "As 50 Sombras de Grey" por mais que as minhas colegas, que adoraram, insistissem. Com tanto que há para ler, não vale a pena perder tempo.

7 - Nos últimos tempos, tornei-me uma leitora um bocadinho snob. Olho de lado para quem lê xaropadas românticas.

8 - Já sonhei escrever um livro, ou dois ou três. Acordei a tempo desse devaneio. 

9 - Tenho-me apercebido de que leio mais livros escritos por homens do que por mulheres. Assim tento intercalar a leitura de livros escritos por mulheres com livros escritos por homens.

10 - Quase a chegar aos 47 anos, sinto que o mundo tem tantos livros para ler e que o tempo começa a ser escasso para ler todos aqueles que eu gostaria.

Ainda fica muito por dizer mas já dá para ter uma ideia sobre o meu "Eu" literário.

Adorava que também partilhassem alguns factos sobre a vossa relação com livros. Fico à espera.

 

Desculpem pela extensão do post mas entusiasmei-me .

Desafio dos Lápis de Cor, balanço final

Charneca em flor, 21.04.21

Se fosse uma 4a feira qualquer das últimas 13 semanas, hoje seria dia de publicar um texto de ficção inspirado por um lápis de cor. Mas o desafio já terminou. O balanço que faço da minha participação é muito positivo. Consegui escrever 13 textos sem falhar dia nenhum e ainda consegui construir uma história com vários capítulos. Cada cor era um capítulo diferente. Nem sempre foi fácil enquadrar a cor na história mas acho que o relato até foi bem conseguido. 

Para construir esta narrativa, utilizei algumas memórias da minha adolescência, dos meus problemas e dos meus sonhos para construir as minhas personagens e aquilo que foi acontecendo. Não tinha nada planeado, inicialmente. Foi semana a semana que a história foi crescendo ao sabor da inspiração e colorida com cada lápis da caixa da Fátima Bento

Nem sempre consegui mas tentei ir lendo os textos dos outros participantes e devo dizer que se escreveram verdadeiras pérolas de prosa e poesia. 

Obrigada à Fátima pela ideia e a todos os participantes que me acompanharam, mesmo aqueles que não conseguiram chegar à última cor. Aprendi sempre alguma coisa com cada um de vocês 

Fátima Bento,  ConchaA 3a FaceMaria AraújoPeixe FritoImsilva, Luisa de SousaMariaAna DCéliaGorduchitaMiss LollipopAna MestreAna de DeusCristina Aveirobii yue, José da Xá , João-Afonso Machado e Marquesa de Marvila

Até ao próximo desafio.

 

Desafio Era uma princesa tão gorda que só ocupava espaço

Charneca em flor, 28.02.21

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Imagem daqui

Era uma vez uma princesa tão gorda que só ocupava espaço. Era tão gorda que as portas do palácio tiveram de ser alargadas depois de ela ficar entalada quando tentava entrar na cozinha à socapa. A comida era aquilo que havia de mais importante para a princesa. Nos tempos livres, ou seja entre refeições, também gostava de ler. Às vezes até experimentava escrever qualquer coisa. Só que depois dava-lhe cá uma fraqueza que tinha que ir comer qualquer coisita.

Um dia, a internet chegou ao palácio e a vida da princesa nunca mais foi a mesma. Um mundo completamente novo abriu-se perante os seus olhos. Passava horas entretida com a internet que se esquecia de comer. Sem saber bem como, conheceu um rapaz. Começaram a conversar, primeiro durante uns minutos, depois horas estendendo-se pela noite fora. E a princesa percebeu-se que era possível apaixonar-se, apenas, pelo poder das palavras, muito para além do aspecto físico. Mas o seu corpo deixava-a insegura e quando o seu apaixonado lhe propôs um encontro, ela não quis arriscar. Fazendo um grande sacrifício, conseguiu emagrecer, emagrecer, emagrecer até se conseguir transformar numa mulher saudável e elegante. Pela primeira vez, em muito tempo, saiu do palácio.

 

Consegui participar antes da Ana de Deus lançar outro desafio . Foi por pouco.

Sonho num dia de Inverno

Desafio "Sonhamos ir por aí!"

Charneca em flor, 28.02.21

O dia acordou luminoso. Depois da chuva, o sol voltou a brilhar. Lá fora já se ouviam os passarinhos. Abri a janela. Apesar de ainda ser cedo, senti a carícia de uma temperatura amena.

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Pelo aroma a torradas e café acabado de fazer, percebi que o pequeno-almoço me esperava. Com prazer, deliciei-me com a leveza da espuma de leite no cappuccino.

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A relva verde do jardim convidou-me a aproveitar o sol do Inverno que findava para pôr as leituras em dia. Foi uma manhã muito agradável, espraiando-me numa cadeira confortável acompanhada por um bom livro. No ar já se notava o cheiro da iminência primaveril. Nos ramos despidos da ameixieira despontavam singelas flores, promessas de frutos suculentos. As plantas do jardim começavam a encher-se de folhas viçosas.

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Nem me apercebi que era chegada a hora do almoço. O ambiente estava propício para uma refeição na esplanada e a ementa não podia ser outra, peixe grelhado, acompanhado de um bom vinho branco. Às vezes, não é preciso ir muito longe para se vivenciar uma boa experiência.

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A tarde continuou amena, quase quente. Tão difícil acreditar que ainda era Fevereiro, o Inverno não tinha acabado mas a estação seguinte insinuava-se pé ante pé. O dia soalheiro levou-me a sair para uma caminhada. Passei por jardins repletos de flores, cheirosas frésias ou tímidas rosas. Ao longe, o contorno inconfundível da Serra do Montejunto. Será que teria coragem de subir até lá? Ao longo do caminho, campos cultivados, vinhas podadas, pinheiros e eucaliptos serviam-me de companhia. De vez em quando, o ladrar de um cão rasgava o silêncio característico da aldeia. As flores silvestres alegravam os campos numa sinfonia de cores. Em cada curva, descobria um novo pormenor num percurso já amplamente trilhado. E recantos nos quais nunca tinha reparado.

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Ao fim do dia, o corpo já estava cansado de tanto caminhar mas o céu presenteou-me com um maravilhoso entardecer colorindo-se dos mais ricos tons do ocaso. E ainda consegui ouvir o canto das cigarras que começavam a despertar.

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Neste tempo estranho que nos foi dado viver, é preciso usar a imaginação e transformar um pátio, uma varanda, um quintal, terraço ou mesmo uma marquise numa esplanada idêntica àquelas que estão, infelizmente, encerradas. Mesmo deliciosa espuma de leite e preparar um cappuccino idêntico aos que bebi nos inesquecíveis pequenos-almoços dos hotéis onde já estive quando era possível viajar. Se só podemos fazer pequenos passeios higiénicos, esse conceito novo, então porque não aproveitar para descobrir aquilo que nos rodeia e em que não reparamos na lufa lufa do quotidiano. Seja numa aldeia no sopé da Serra do Montejunto, numa grande cidade ou numa vila dos subúrbios. Agora que a pandemia nos impede de realizar sonhos grandiosos, porque não procurar as pequenas alegrias que se podem encontrar na mais curta distância?!

Aqui fica o meu convite para que descubram todas as maravilhas que vos rodeiam porque é possível encontrar beleza seja onde fôr. Só é preciso estar atenta.

 

A Cristina Aveiro desafiou-me, e a mais uma grupeta*, para escrever uma proposta de passeio para quando acabar o confinamento. No entanto, eu achei que o que seria interessante era propôr um passeio para o confinamento .  Pensei em destabilizar, portanto. Às vezes, o sonho está ao alcance da mão.

 

*Aqui está a grupeta desafiada

Oh da guarda peixe frito, a Concha, A 3ª Face, a Maria Araújo, a Fátima Bento, a Imsilva, a Luísa De Sousa, a Maria, o José da Xâ,  a Rute Justino, a Ana D., a Célia, a Charneca Em Flor,  a Gorduchita, a Miss Lollipop, a Ana Mestre a Ana de Deus, e a bii yue

O desafio das 7 palavras

Charneca em flor, 10.10.20

A Ana de Deus lançou mais um desafio como já vai sendo hábito. Desta feita, convidou os seus leitores e amigos blogosféricos para escolherem 7 palavras entre os dias 1 e 7 de Outubro.

As minhas palavras foram estas:

  1. Amizade
  2. Trabalho
  3. Natureza
  4. Alquimia
  5. Passeio
  6. Plantas
  7. Amor

O critério para escolher estas palavras teve a ver com algo que marcou cada um dos meus dias.

Com estes vocábulos, foi proposto escrever um texto em que fossem utilizadas.

Cá está o meu contributo


O meu trabalho é um dos aspectos fundamentais da minha vida. A minha profissão faz-me muito feliz e tento exercer as minhas funções com competência mas também com amizade pelos colegas e pelos utentes da farmácia. Mas só isso não é suficiente para eu viver a vida em plenitude. Recentemente descobri a alegria que as plantas são capazes de gerar. O contacto com a natureza me enriquece por isso não prescindo de um passeio pelo campo, na companhia do meu amor. Assim o trabalho, a natureza e o amor constituem a alquimia perfeita que me conduz pelo caminho da felicidade.