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Livros de Cabeceira e outras histórias

Todas as formas de cultura são fontes de felicidade!

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Dia Mundial do Livro

Charneca em flor, 23.04.17

Em 2015 escrevi este post sobre o papel dos livros na minha vida:

Os livros foram a minha companhia na infância e na adolescência quando eu era, apenas, uma menina tímida. Com os livros sonhei e viajei pelo mundo da fantasia. Foram os meus companheiros de todos os momentos, os meus melhores amigos num tempo em que não havia chats, amigos do Facebook ou blogs.

Continua tudo a ser verdade, quantas vezes a tecnologia ocupa o tempo que antes dedicava aos livros,infelizmente. Este ano fiz o propósito de tentar contrabalançar as 2 coisas. Tenho conseguido ler alguns bons livros este ano. Actualmente estou a ler Elena Ferrante como podem ver ali ao lado. Antes li Zafón. Não sei se foi muito boa ideia ler estes 2 autores de seguida. Ambos os livros são muito intensos e muitas vezes me deixam sem fôlego. E cheia de pena de não ter dedicado a minha vida a escrever...

Boas leituras

A minha vida e os livros

Charneca em flor, 23.04.15

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Hoje comemora-se  o Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor. Desde há muitos anos que os livros são uma parte importante da minha vida. Sempre adorei ler mas, quando era miúda, nem sempre era possível comprar muitos livros. Para ultrapassar esse "pequeno" pormenor, o meu pai inscreveu-me na biblioteca como já escrevi aqui. Os livros foram a minha companhia na infância e na adolescência quando eu era, apenas, uma menina tímida. Com os livros sonhei e viajei pelo mundo da fantasia. Foram os meus companheiros de todos os momentos, os meus melhores amigos num tempo em que não havia chats, amigos do Facebook ou blogs. A minha vida é muito mais rica pelos livros que passaram pelas minhas mãos. Depois de ter vivido a infância e a adolescência dependente do espólio da biblioteca para ler assim que comecei a trabalhar uma das primeiras coisas em que gastei dinheiro foi a comprar livros, às vezes compulsivamente. Ali em cima está a minha estante, já desactualizada mas dá para ver a loucura. Faltam alguns que vou emprestando ao meu sogro e vou deixando lá por casa dele. Ou aqueles que termino de ler quando estou na casa da praia do meu namorido que também vou deixando por lá. Sempre é uma maneira de arranjar espaço para mais livros, logicamente. Só tenho pena de, ultimamente, deixar a tecnologia ir ocupando o lugar que os livros tinham no meu dia e na minha noite (tantas vezes li até de madrugada porque queria acabar uma história). Eu sei que é lugar comum mas há algo que nem a tecnologia mais avançada pode proporcionar, o  cheiro inconfundível de um livro novo.

O livro, objecto de desejo

Charneca em flor, 23.04.14

A propósito do dia de hoje, a Wikipédia diz o seguinte:

 

"O Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor (também chamado de Dia Mundial do Livro) é um evento comemorado todos os anos no dia 23 de Abril, e organizado pela UNESCO para promover a o prazer da leitura , a publicação de livros e a protecção dos direitos autorais. O dia foi criado na XXVIII Conferência Geral da UNESCO que ocorreu entre 25 de Outubro e 16 de Novembro de 1995. 


A data de 23 de Abril foi escolhida porque nesta data do ano de 1616 morreram Miguel de Cervantes, William Shakespeare e Garcilaso de la Vega . Para além disto, nesta data, em outros anos, também nasceram ou morreram outros escritores importantes como Maurice Druon, Vladimir Nabokov, Josep Pla e Manuel Mejía Vallejo" (o sublinhado é meu)

 

O livro sempre foi um dos meus objectos preferidos mesmo quando ainda não sabia ler. Já em criança, a melhor maneira de me sentir feliz era com um livro nas mãos. Nessa década de 80 do século passado, Portugal atravessava, também, um tempo de crise e o dinheiro não sobrava lá por casa. Os meus pais não me podiam comprar os livros que eu queria mas isso não impediu que os livros fizessem parte da minha infância e adolescência. Um dia o meu pai levou até à biblioteca da minha terra, uma das primeiras bibliotecas fixas da Fundação Gulbenkian, para me inscrever como leitora. Foi um dos dias mais felizes da minha vida. Já não me recordo de todos os livros que li nessa época mas lembro-me dos livros da Enid Blyton (Os cinco e os Sete), da Odette Saint-Maurice, da Ilse Losa, da Alice Vieira e tantos outros de que já nem me lembro. Este era o aspecto dessa humilde biblioteca

Se bem me lembro podia-se levar 5 livros para ler em 2 semanas mas eu, na maioria das vezes, lia os 5 livros numa semana. Ir até à biblioteca era o meu passeio preferido. 
Quando cresci, e comecei a trabalhar, a compra de livros passou a ser a minha perdição. Este foi um dos primeiros livros que comprei, um dos meus primeiros contactos com a literatura da América Latina.

 

 

Neste dia, quero aproveitar para agradecer à Fundação Calouste Gulbenkian e ao visionário que conseguiu levar a Bilblioteca Fixa para a minha terra. E quero também agradecer aos autores que marcaram, de modo indelével, a minha vida. Obrigada por todas as horas maravilhosas que me têm proporcionado.