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Livros de Cabeceira e outras histórias

Todas as formas de cultura são fontes de felicidade!

Livros de Cabeceira e outras histórias

Todas as formas de cultura são fontes de felicidade!

Terapia de Casal, Rita da Nova e Guilherme Fonseca

Charneca em flor, 20.12.21

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O podcast Terapia de Casal foi um dos primeiros que acompanhei com regularidade e comecei a ouvi-lo desde a primeira hora. Já "conhecia" o Guilherme desde o Canal Q e também lia o blogue da Rita há muito tempo. A dinâmica que construíram no podcast é muito divertida por isso não hesitei em encomendar o livro assim que divulgaram esta novidade. 

Depois de ter lido alguns livros mais densos, achei que era altura de pegar num livro leve e divertido. E que bem me fez nas últimas semanas que têm sido esgotantes em termos profissionais. Demorei mais tempo do que previra exactamente por causa do cansaço que tenho sentido.

O livro tem prefácio da humorista Joana Marques e está organizado por vários temas que representam "coisinhas insignificantes que dividem os casais" como eles referem no subtítulo. Um deles discorre sobre o tema que o irrita no outro o qual tem direito de resposta para contrapôr os seus argumentos de defesa. No fim de cada capítulo somos convidados a escolher se somos Team Rita ou Team Guilherme assinalando a lápis (a Rita nunca perdoaria se escrevessemos a caneta ) qual é a nossa opção naquela questão.

Como é óbvio, não se trata de verdadeira terapia, só se fôr terapia pelo humor porque os textos são muito engraçados. Embora seja o Guilherme que ganhe a vida como humorista, a Rita não lhe fica nada atrás porque ela tem uma tendência natural para o humor.

Basicamente, este livro é uma boa oportunidade para nos rirmos e muito e para nos ajudar a esquecer, por momentos, os problemas que nos rodeiam. Para além disso, está muito bem escrito. Muitos parabéns à Rita pelo seu primeiro livro, mesmo que não tenha sido a solo. Tenho a certeza de que, em breve, se lançará noutros voos literários.

Ah, é verdade. Sou Team Rita mas apenas com 5 pontos de diferença para a Team Guilherme. Afinal, gosto muito de ambos.

Se ainda vos falta uma prenda de Natal, aqui está uma boa sugestão. Seja para os casais para aprenderem a lidar com as pequenas questões do dia-a-dia ou seja para solteiros para perceberem que, se calhar, é melhor continuarem assim .

Boas leituras.

"No entanto, não queremos que fiquem com a impressão de que aquilo que nos divide são questões profundas, como se devemos ou nao ter filhos, se acreditamos em Deus ou quais são as nossas faces politicas. Nisso concordamos plenamente, mas é-nos muito mais complicado chegar a acordo em temas mais triviais e insignificantes como  a decoração da casa, o tempo gasto no WC ou em como ir às compras ao supermercado.
É sobre esses temas pequeninos, que não matam, mas moem, que costumamos discutir há cerca de dois anos, todas as semanas, no nosso podcast Terapia de Casal. Por norma, temos convidados que assumem o papel de 《terapeutas》e nos ajudam a acender ainda mais a discussao (o chamado 《atirar lenha para a fogueira》). "

 

Por Ladrar Noutra Coisa, Zaya e Guilherme Duarte

Charneca em flor, 25.12.20

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"Por Ladrar Noutra Coisa" é o diário da cadela Zaya escrita em parceria com o seu dono, o humorista Guilherme Duarte. Não deixa de ser um relato divertido do dia-a-dia visto pelos olhos da sorridente Zaya mas também nos faz pensar em como há humanos que não merecem o amor incondicional que os cães lhe devotam. Revisitamos aquilo que Zaya viveu na sua vida passada, antes de entrar na vida de Guilherme Duarte e da namorada, e acompanhamos a felicidade que ela conheceu quando saiu do canil.

Este livro pretende, em primeiro lugar, divertir mas também emociona e faz pensar. A Zaya mostra-nos como os humanos podem ser complicados e como a vida ser muito mais fácil se não nos levássemos tão a sério.

Já sigo o Guilherme Duarte há muito tempo. Preparem-se para o seu sarcasmo e a sua ironia apurada. E também algumas asneiras .

Aconselho vivamente este diário, especialmente se quisermos passar umas horas repletas de gargalhadas. Bem que precisamos.

"25 de Dezembro Quarta-feira 

Este diário foi uma prenda dos humanos mal cheguei cá a casa. Não quero parecer pobre e mal-agradecida, mas foi um bocado desilusão quando abri o presente. Quando o vi, pensei que fosse uma dessas coisas de que eu gosto e que eles me têm dado: biscoitos diversos, comida duas vezes por dia, brinquedos variados, uma cama... Ainda pensei que fosse uma bola, que eu ADORO, mas pareceu-me logo estranho o formato do embrulho - dificilmente seria uma bola, que as bolas são redondas e eu não sou burra, mas nunca perdi a esperança até o abrir, e só aí é que percebi que era um livro. Pior, um livro com páginas em branco! Os humanos disseram que era um diário para eu escrever. Não percebo a necessidade humana de registarem as coisas que fazem no dia a dia. Escrevem o que fizeram como se tivessem uma vida muito interessante, tiram fotografias por tudo e por nada que nunca mais vão voltar a ver, em vez de aproveitarem o momento."

Passa Palavra #almofada

Charneca em flor, 25.10.20

Taras e Manias

Olho o relógio com ansiedade. Ainda falta tanto para o dia de trabalho terminar. Enquanto executo tarefas rotineiras, sonho com o momento em que me vou sentar no sofá e recostar nas minhas almofadas mais fofas.
Sempre gostei de almofadas. Quando ainda vivia na casa dos meus pais, tentei convencer a minha mãe de que precisava de um monte delas na minha cama para conseguir dormir. Só que ela não era grande apreciadora. Acedeu a que a minha cama tivesse 4 almofadas. Embora não fosse o suficiente para eu me atirar para cima delas como se me atirasse para uma nuvem de algodão doce, já era melhor que nada.
Quando eu comecei a conceber a decoração da minha casa, as almofadas foram das primeiras aquisições. Seja no sofá, na cama ou nas costas das cadeiras, há almofadas por todo o lado. Até existe um almofadão para me deitar na varanda. Sou completamente viciada. São grandes, pequenas, de várias cores e feitios, lisas ou com padrões. Se estiver em boa companhia, são os instrumentos ideais para uma boa luta. Se estou sozinha, posso agarrar-me a elas para descansar melhor. Quando estou feliz, servem para me encostar enquanto sonho com acontecimentos futuros ainda mais felizes. Em momentos de tristeza, são o amparo para as minhas lágrimas. Nas indecisões, a almofada em que deito a cabeça para dormir é a melhor conselheira. Eu sei que isto é um lugar comum mas é a verdade mais verdadeira. Deito-me sem saber o que fazer e ao acordar já tenho a decisão tomada.
A minha família e os meus amigos nem sempre compreendem esta minha mania. A minha mãe acha que estes objectos só servem para acumular pó. Os meus amigos queixam-se de que têm pouco espaço para se sentarem. Desconfio que eles acham que eu não sou muito boa da cabeça por causa desta mania. Afinal, cada um tem as suas pancadas. A minha tara são as almofadas. Isto não prejudicam ninguém, até é uma tara bem fofinha e confortável. Só é pena não ter uma almofada financeira maior. Dava-me mesmo jeito… para comprar mais almofadas.

 

Com algum atraso, aqui fica o meu contributo para o #passa-palavra da Mel e da Mula.

A verdadeira influência de Madonna

Charneca em flor, 11.06.19

Por aquilo que me apercebi, o novo disco da Madonna ainda não está disponível por completo nas plataformas de streaming. Também não sei se já está à venda. Confesso que tenho alguma curiosidade já que a artista diz que as experiências que viveu em Lisboa e em Portugal a inspiraram neste novo trabalho. Já ouvi as 3 músicas que foram divulgadas e, sinceramente, não dei por nenhuma inspiração lusa ou mesmo lusófona. Até aceito que o defeito seja meu tendo em conta que não sou grande entendida. No entanto, ontem, Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, fez-se luz na minha cabeça 

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Madonna faz uma homenagem ao nosso maior poeta. Entra pelos olhos dentro