No sopé do Montejunto
Fica a aldeia do meu coração
Que o terreno seja fecundo
Para a minha inspiração.

Mais uma quadra para a Ana.

Os últimos dias não foram muito produtivos em termos de rimas mas estou de volta .

Esta semana foi dura
Assim ninguém me atura
Das quadras me esqueci
E nem uma página li.

Já vi que por mais que corra não consigo acompanhar a Ana.

Já se sente o Verão a terminando
Na luz do dia que se dissipa
Os dias mais curtos vão ficando
É o Outono que se antecipa

E as quadras continuam

Já termina o mês de Agosto
As minhas férias chegam ao fim
Volto ao trabalho, que desgosto
Tenho que ir senão não há pilim.

Desafio "Uma quadra por dia, não sabe o bem que lhe fazia!"

É domingo, dia de repouso
Será que há quadra ou não?
Este é um assunto obtuso
A Ana ainda me dá um safanão.

Continuando a responder ao desafio da Ana

Hoje a inspiração sumiu-se
De certo, foi levada pelo vento
A veia criadora esvaiu-se
Será apenas por um momento?

Uma quadra por dia, não sabe o bem que lhe fazia!

Ai, quase me esquecia
Que à Ana fiz uma promessa
De uma quadra por dia
É tarde mas consegui, homessa!

A Ana respondeu à minha primeira quadra do seu desafio.

Aqui a sua quadra de resposta

Tenência é uma aldeia bela
lá p'rós lados do Guadiana
alegra-me que tenha nela
encontrado a flor-de-diana

Assim não me resta outro remédio senão responder-lhe à letra .

Para acompanhar a Ana
É preciso imaginação
Estou longe do Guadiana
Deixei lá a inspiração.

A Ana de Deus, exímia criadora de desafios, teve a gentileza de me desafiar a escrever uma quadra por dia. O desafio começou ontem mas já era muito tarde quando dei por isso. Sendo assim começo hoje. Inspirei-me no meu fim de semana no Algarve e foi isto que aconteceu

Percorri a longa estrada
Em busca da minha essência
Encontrei-a na luz da alvorada
Ali naquela aldeia, Tenência

Vou tentar participar todos os dias, não sei se com uma quadra, efectivamente, mas com um  texto poético.